a aldeia tem
uma doença grave
de quem
ignora ou comemora
no meio da
sala um cadáver
mas acusam
de bandido quem chora
pelo brado
de um covarde com um revólver
que retumba
chumbo na carne suave
de um país
velho sem História
como se
desorientássemos uma nave
é louco quem
na nau dos loucos mora
e talvez a
boa metade que se salve
chore mares
por sua louca vitória
mares que
tantos fantasmas devolvem
corpos e
pensamentos instáveis
...todos tão
mortos de memórias